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2ª ATIVIDADE NÃO PRSENCIAL DE 2013


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Olá Pessoal,

Tomando como inspiração a dinâmica e as metodologias desenvolvidas pelas professoras Kátia e Mariana no dia 20/4, demonstre, por meio de uma atividade para seus alunos, como é possível intercalar fantasia e imaginação das histórias com a "seriedade" dos conteúdos diários de sala de aula. Você pode escolher um texto literário ou propor uma atividade utilizando os textos sugeridos abaixo. A atividade deve conter as seguintes informações: 

 1. Título: 2. Conteúdos envolvidos: 3. Objetivos: 4. Procedimentos: 5. Recursos


Sugestões



TEXTO 2: Os  35 camelos

MALBA TAHAN

Malba Tahan, pseudônimo do professor Júlio César de Mello e Souza, exerceu uma influência singular entre os estudantes de sua época. Para os não especialistas, em particular para a imprensa, ele foi, enquanto viveu , o maior matemático do Brasil. Esse julgamento, que pouco tinha a ver com a realidade, resultava principalmente do grande número de livros que ele escreveu ( Quase uma centena!), muitos deles sobre Matemática. Eram livros de divulgação, escritos num estilo claro, simples e agradável, peculiar ao autor. Neles, a ênfase era dada à história da Matemática e a exposição sobre tópicos elementares, com destaque a aspectos pitorescos, paradoxais, surpreendentes ou controversos. Ele conseguiu falar em matemática sob forma menos árida e antipática do que seus tradicionais e severos professores, com seus igualmente áridos compêndios.
Malba Tahan surgiu na hora certa, com o nível e o estilo que a geração de estudantes queria. Foi um verdadeiro divulgador, antologista ou contador de histórias.
O seu melhor e mais conhecido trabalho é "O HOMEM QUE CALCULAVA".
É a história de um fictício jovem persa, hábil calculista, versado na Matemática da época (século 13), contada por um amigo, admirador e companheiro de viagens.
Entre os problemas que figuram no livro, um deles em especial é considerado como uma jóia rara da matemática:

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DOS 35 CAMELOS DE MALBA TAHAN?

Resumindo a história:

Viajando pelo deserto, seguindo a Bagdá, encontrei um jovem que, sentado em uma pedra, parecia perdido em seus pensamentos. Após as devidas saudações, relatou-me o jovem a história da vida dele. Convidei-o a seguir viagem em minha companhia. BEREMIZ (o homem que calculava) não hesitou , acomodou-se como pôde em cima do meu camelo (único que possuíamos). E pusemo-nos pela larga estrada em direção à gloriosa cidade. Daí em diante, ligados por esse encontro casual em meio ao deserto agreste, tornamo-nos companheiros e amigos inseparáveis.
Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção, quando nos ocorreu uma aventura digna de registro. Encontramos , num oásis, três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos. Por entre pragas e impropérios gritavam possessos, furiosos: - Não pode ser! - Isto é um roubo! - Não aceito!....O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.
Eram três irmãos e haviam recebido, como herança, 35 camelos. Por vontade expressa do pai, o irmão mais velho devia receber a metade, o do meio a terça parte e o irmão mais novo apenas a nona parte. O problema, porém, era: como dividir dessa forma os 35 camelos? Pois a metade de 35 é 17,5, a terça parte de 35 é 11,6 e a nona parte é igual a 3,8. Segue-se que nenhum dos três queria doar sua parte ao outro, achando que estava sendo lesado.
Para meu espanto, meu companheiro disse: é muito simples, encarrego-me de fazer, com justiça, essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este belo animal (o meu camelo!!!) que, em boa hora, aqui nos trouxe. O único a discordar fui eu, pois como iríamos seguir viagem? Mas prontamente Beremiz me tranqüilizou e convenceu que sabia o que estava fazendo.
Pois bem, disse ele, dirigindo-se ao três irmãos, vamos fazer a partilha. Como vêem, agora temos 36 camelos. Voltando-se para o mais velho, disse: Deverias receber a metade de 35, isto é, 17 e meio. Receberás a metade de 36, portanto 18. E dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou: E tu, deverias receber um terço de 35, isto é, 11,6 camelos. Vais receber um terço de 36, isto é ,12. E disse, por fim, ao mais moço: E tu, jovem, segundo a vontade de teu pai, deverias receber uma nona parte de 35, isto é , 3,8 camelos. Vais receber uma nona parte de 36, isto é, 4.
É claro que pela vantajosa divisão feita entre os irmãos, todos saíram lucrando e satisfeitos. Observei atônito que somando os camelos da partilha: 18 + 12 + 4 = 34, logo , sobraram, dois camelos, um para mim e outro para meu sábio amigo calculista... ....... E continuamos nossa jornada para BAGDÁ.



TEXTO 3: O homem que espalhou deserto


   Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara e onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia-a-dia constante, de manhã à noite. 

Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas.

A mãe, muito contente, apesar do filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros meninos do quarteirão, não freqüentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas.

Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinqüenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.

Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores tinha afugentado os pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que de nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.

Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez dias, porque não estava acostumado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado.

Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava árvore, capões, matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.

E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com o seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. Depois, auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores. Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.

E enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.

LOYOLA BRANDÃO, Ignácio de. O homem que espalhou o deserto. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1983, v. 8, p. 42-4.

3 comentários:

  1. Que legal! Hoje mesmo eu trabalhei o texto "O homem que espalhou deserto" com meus alunos. Muita coincidência!

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  2. Amei o vídeo:" A Ilha"! Pôxa! Ele nos faz pensar sobre tantas coisas! Sobre as leis de trânsito, sobre a fome e a miséria no mundo, sobre a falta de valores e etc. Muito legal! Parabéns!

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  3. Pessoal,não consigo postar meus trabalhos, o quê devo fazer?

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Obrigado!!!!